Estudo Bíblico (Da Criação à Salvação)


Resumo da Sistemática Bíblica (Da Criação à Salvação)         

EBD- Min. Bom Pastor

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Deus se revela na Bíblia como um ser supremo, infinito, eterno, auto-exististe e como a Causa Primária de tudo o que existe. Nunca houve um momento em que Deus não existisse. Noutras palavras, antes de criar o universo finito, Deus já existia (Sal. 90:2).
Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (Gn. 1:26).
No tocante à atividade da criação, Deus criou todas as coisas em “os céus e a terra” (Col. 1:16). 




Explicação: O verbo “criar” (hb. “bara”) é usado exclusivamente em referência a uma atividade que somente Deus pode realizar. Significa que num momento específico, Deus criou a matéria e a substância, que antes nunca existiram. Deus criou tudo pelo poder de sua Palavra, sem se utilizar de qualquer matéria preexistente. Tudo o que existe é resultado da Palavra proferida por Deus: “Haja”.

Nessa grande atividade, toda a Trindade, e não apenas o Pai, desempenhou sua parte na criação. O Filho é descrito como a “Palavra” poderosa (“Verbo”) (Jo. 1:1). Já o Espírito Santo é descrito como “pairando” (“se movendo”) sobre a criação (Gn. 1:2C).

Embora Deus tenha criado um conjunto bem organizado e um ser perfeito, o pecado entrou no mundo. Precisamos afirmar claramente que o pecado não se originou em Deus, pois Deus não pecou e não deve ser culpado pelo pecado. Foi o homem quem pecou, os anjos quem pecaram, e nos dois casos o fizeram por escolha intencional e voluntária (Dt. 32:4; Tg. 1:13).



Em várias passagens, as Escrituras Sagradas nos relata que herdamos o “pecado adâmico”, isto é, somos considerados culpados. Além da culpa legal que Deus nos imputa, também herdamos uma natureza pecaminosa como conseqüência desse pecado, às vezes denominado “pecado original” (Sl. 51:5).
Mas Deus, sendo amoroso e poderoso decide escolher um povo para si, deste modo, realiza a chamada de Abrão (posteriormente chamado Abraão [em Gn.17:5]) que dá início a um novo capítulo na revelação do A.T sobre o propósito divino de redimir e salvar a raça humana. A intenção de Deus era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos. Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separavam das praticas ímpias de outras nações para fazerem a vontade de Deus (Gên. 12:1).
Essa chamada continha não somente promessas, como também compromissos. Deus requeria de Abraão tanto a obediência quanto a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que lhe fora prometido (Gên. 15:1-6; 17:1-2).



As gerações de Abraão (o “Pai da Fé”) foram se expandindo até chegar ao tempo de Moisés, por volta de 500 anos após a morte do primeiro patriarca. Após 430 anos de servidão dos hebreus ante o Faraó, Deus resolve tirar seu povo da escravidão egípcia através de seu líder, Moisés. Um dos aspectos mais importantes da experiência dos israelitas no Monte Sinai foi o de receberem a Lei de Deus. A “Lei Mosaica” (hb. Torah [ensino]), admite uma tríplice divisão: (1) a Lei Moral, que trata das regras determinadas por Deus para um santo viver (Êx. 20:1-17); (2) a Lei Civil, que trata da vida jurídica e social de Israel como nação (Êx. 21:1-23:3); (3) a Lei Cerimonial, que trata da forma e do ritual da adoração ao Senhor por Israel, inclusive o sistema sacrifical (Êx. 24:12-31:18).

A lei não foi dada como um meio de salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham um relacionamento de salvação com Deus (Êx. 20:2). Antes, pela lei Deus ensinou seu povo como andar em retidão diante dele como seu redentor, visto que os israelitas deviam obedecer à lei mediante a graça de Deus a fim de perseverarem na fé e cultuarem também por fé, ao Senhor (Dt. 30:15-20).
Contudo, antes dos hebreus receberem a promessa feita á Abraão (que sua descendência habitaria em uma terra abundante), Deus formalizou um concerto. O concerto de Deus com os Israelitas, feito ao sopé do Monte Sinai abrange os dois princípios básicos. (1) Unicamente Deus estabelece as promessas e compromissos de seu concerto. (2) Aos seres humanos cabe aceitá-los com fé obediente. As promessas de Deus, neste concerto, eram basicamente as mesmas que foram feitas á Abraão (Êx. 19:1). Antes de Deus cumprir todas as promessas, Ele requereu que os israelitas se comprometessem á observar suas leis declaradas quando eles estavam acampados no Monte Sinai (Êx. 24:3).



Muitos séculos se passaram e o povo de Deus nunca se manteve estável em seus estatutos e preceitos. Os pedidos e orações do povo Israelita eram aceitos por Deus, apesar deles nunca permanecerem fiéis às suas palavras. Deus enviou Juízes ao povo, mas o povo não obedeceu ao magistrado; Deus enviou Profetas, mas seus decretos não foram ouvidos; Deus enviou reis, mas a monarquia não se manteve monoteísta. Contudo, havia várias profecias sobre um futuro Messias que seria cheio do poder do Espírito Santo, que por fim, libertaria o povo escolhido por Deus de toda escravidão espiritual.
Jesus nasceu em Belém, na Judéia e ao seu tempo iniciou seu ministério (por volta do ano 33 da era cristã). Quando Jesus leu Isaías 61:1-2 na Sinagoga de Nazaré, acrescentou: “Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos” (Isaías 61:1-2 e Lc. 4:18-21).


Os evangelhos declaram que Jesus foi concebido mediante o Espírito Santo e nasceu de uma virgem, Maria (Mt. 1:18-23). Devido á sua concepção milagrosa, Jesus era livre de toda mácula do pecado. Por isto, ele era digno de carregar sobre si a culpa dos nossos pecados e expiá-los. Sem um salvador perfeito e sem pecado, não poderíamos jamais obter a redenção.
 Ao início de seu ministério, Jesus escolheu 12 aprendizes, os quais expandiriam seu evangelho. Jesus lhes ensinava que eles teriam autoridade para expulsar demônios, fazer milagres e maravilhas, mas necessitaria nascer do Espírito, isto é, serem regenerados. Assim Jesus soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas (2 Cor. 5:17).

A concessão do Espírito Santo era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do Espírito Santo e a nova vida do Cristo ressurreto permeavam os discípulos. O passo seguinte seria o batismo no Espírito, o qual é para todos que professam sua fé em Cristo; que nasceram de novo, e, assim, receberam o Espírito Santo para neles habitar.
Ser batizado no Espírito significa experimentar a plenitude do Espírito. Este batismo teve lugar somente a partir do dia de Pentecostes. Esse evento só ocorreu depois da ascensão de Cristo (Jo. 16:7-14).

Uma vez que somos limitados, e tudo o que é limitado necessita de manutenção, Cristo nos deixou um sustento para nos mantermos conservados em fé. Essa manutenção, chamada santificação, é uma obra de Deus, com a cooperação de seu povo (2 Cor. 7:1). Para cumprir a vontade de Deus quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do Espírito Santo ao cessar de praticar o mal, ao se purificar “de toda a imundícia da carne e do espírito” e ao se guardar da corrupção do mundo (Rm. 6:12-14, 19).
Por fim o desfecho dessa sistemática é a salvação e todo cristão deseja receber a salvação, ou seja, quando Cristo voltar ou a morte chegar, esse cristão irá estar com o Senhor, no céu (Fp. 1:23; 2 Cor. 5:8).


Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento”. (Pv. 3:13)