Dízimo


Texto Base: Levítico 27:30-33


No período da lei, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte dos animais, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas (Nm. 18:21-26).
O dízimo era usado primeiramente para cobrir as despesas do culto e o sustento dos Sacerdotes, uma vez que Deus considerava o seu povo responsável pelo manejo dos recursos que Ele lhes dera na “terra prometida” (Dt. 14:22-29).
No âmago do dízimo, subentende-se a idéia de que Deus é o dono de tudo – conforme diz o salmista (Sl. 24:1); que os seres humanos foram criados por Ele, e a Ele devem o fôlego de vida, sendo assim, ninguém possui nada que não haja recebido originalmente do Senhor (Jó 1:21; Jo. 3:27; 1 Co. 4:7).
Nas leis sobre o dízimo, Deus estava simplesmente ordenandoque os seus Lhe devolvessem parte daquilo que Ele já lhes tinha dado.

Houve ocasiões na história do antigo testamento em que o povo de Deus reteve egoisticamente o dinheiro, não devolvendo os dízimos ao Senhor. Por causa disto, muitos israelitas estavam sofrendo infelicidades financeiras. Posto isso, Deus castigou seu povo por se recusar a trazer-lhe a décima parte à “Casa do Tesouro” (Ml. 3:9-12).
Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a Deus, de modo que aquilo que temos não é nosso, é algo que nos confiou aos cuidados, visto que não temos nenhum domínio sobre nossas posses.
No tocante a administração do nosso dinheiro, devemos de todo coração, servir a Deus, não ao dinheiro (Mt. 6:19-24).
Observa-se que no período neotestamentário não se fala em dízimo propriamente dito, porém implícito e indiretamente, uma vez que nossas contribuições devem ser proporcionais àquilo que Deus nos tem dado, ou seja, de acordo com nossa renda (1 Co. 16:2).
Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas. Não devemos hesitar em contribuir de modo sacrificial, pois para Deus, o sacrifício envolvido é muito mais importante do que o valor monetário da dádiva (Lc. 21: 1-4).


Não podemos nos olvidar que a justiça divina é pra todos!!!

“Se de alguma maneira vivemos como na “dispensação legalista” estamos resignados a ordenações, mandados e regras obrigatórias; contudo, se vivemos na “dispensação da graça” somos altruístas, voluntarios, agimos com espontaneidade e acima de tudo compreendemos o amor cristocêntrico, que é mais exigente que a própria lei” (J. Oliveira)

Textos refexivos: Mt. 19:21; 1 Tm. 6:19; 2 Co. 9:6